Bom dia caro amigo leitor.
Quero manifestar minha decisão e o meu ponto de vista em relação a essa situação da greve. Ninguém, em sã consciência, conflita com direito de greve, em relação à melhoria dos serviços dos salários e das condições de trabalho, contudo, não pode a sociedade se tornar vítima de movimentos que permanecem indeterminadamente sem solução imediata.
Nós rodoviários, prestamos serviços de utilidade pública através das empresas que possuem as concessões, porém o que se vê por muito tempo é o descaso do poder público em fiscalizar essas empresas que fazem o que bem entendem com os usuário e trabalhadores. Basta olhar no terminal a partir das 16:00hs e verá a falta de condução, ônibus sem selo de vistoria, carros com mais de 15 anos de uso para a população que mora em locais mais distante, e mais sem o cobrador.
Quando apresentadas as planilhas de custos das empresas ao governo, todas as despesas são repassada para o usuário, e lá consta o salário dos cobradores. Ué eu pergunto? Não deveria diminuir as despesas? E pior esse trabalho de cobrar a passagem é forçada a goela abaixo de nós motoristas, por que não se manifestam a favor da categoria? Nós que sofremos com as irresponsabilidades do governo. Que aliás acho um absurdo dirigir e cobrar, mas isso é uma outra discussão.
Todas as classes e categorias profissionais podem reivindicar o direito à greve, porém, a continuidade dos serviços é imprescindível e para tanto, deve ser definido número suficiente visando manter as condições de normalidade em prol da sociedade, que em nosso caso é de 40% do efetivo.
A própria magistratura acena com o direito de greve, se acaso o governo não mudar a sua disposição de impedir modificação de critério dos reajustes salariais, mantendo o orçamento e os cortes realizados, a greve é um direito conquistado ao longo dos anos, justificando-se como forma extrema de conscientizar o empregador da necessidade de diálogo.
Para quem não sabe, sempre em uma negociação de salário, é tirada em assembléia uma comissão onde funcionários fazem parte para acompanhar as negociações.
Lá na mesa o olhar de despeso do empresário, a forma irônica das suas propostas, a certeza de que são soberano na cidade e que o dinheiro compra qualquer decisão judicial é de revoltar o trabalhador que sai de casa as 03:00 da manhã e honestamente chega a ficar 15 horas sentado, dirigindo e cobrando pois é só assim que pode melhorar seu salário dignamente, mas para o empresário é o famoso CAIXA 2, e a cada dia vão ficando ricos as custas dos trabalhadores.
Normalmente, quando se proclama elevada multa diária, (pelo menos para nosso sindicato) para que nós grevistas retornem ao serviço, irremediavelmente nosso sindicato mostram-se compelido, ainda que a contragosto, ao acatamento da medida judicial.
A paralisação plena e completa é medida radical e não se justifica na sociedade se traduz, no mais das vezes, na crítica que se lança contra o nosso movimento.
Independentemente da repercussão e da reivindicação disponibilizada no ato da nossa greve, entendemos que o serviço essencial não pode, em qualquer hipótese, ser interrompido.
Bem por tudo isso, o direito de greve é legal e legítimo, e somente se, dispuser de elementos que permitam, em maior ou menor grau, a continuidade do serviço público em respeito ao interesse coletivo e da própria sociedade, declaro aqui minha opinião, mas tenho a certeza de que o sindicato deve começar um trabalho de instrução sobre o movimento ao longo do ano, exemplo dos bombeiros que mostraram que a união faz a força, que tenhamos sorte nas negociações, atenciosamente.... Latino.
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