Paralisação deve deixar cerca de 3 milhões de usuários sem ônibus; categoria reivindica 17% de aumento salarial
Carolina Benevides
Luiz Morier
Rodoviários fizeram passeata ontem na Avenida Rio Branco, depois da assembléia que decidiu pela greve
O Sindicato dos Rodoviários resolveu ontem, depois de uma assembléia, entrar em greve a partir de meia-noite. A paralisação está prevista para durar 24 horas e é a primeira dos últimos 15 anos. Eles reivindicam reajuste salarial de 17%, aumento do valor do vale-refeição, que é de R$ 33 reais por mês, e o fim do motorista júnior, que dirige microônibus e também cobra os passageiros. Com a greve, cerca de 3 milhões de usuários vão precisar procurar outro meio de transporte.
- Recebemos uma proposta de 5,6% de reajuste pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), mas isso não é suficiente. Além disso, é preciso que o decreto que permite o trabalho de motoristas júnior seja revogado. Hoje, já termos mais de 2 mil trabalhando na cidade - contou Antônio Branco, presidente do Sindicato Municipal dos Rodoviários, lembrando que a categoria se reúne amanhã, às 16h30, para decidir se continua ou não em greve.
Até a noite de ontem, Lélis Teixeira, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Município do Rio de Janeiro, Rio Ônibus, não tinha sido comunicado da decisão do sindicato.
- Fizemos uma proposta para a comissão de negociação do sindicato e eles haviam aceito. Estranho a decisão tomada na assembléia. Não existe a possibilidade de 17% de aumento, nenhuma categoria tem isso - disse Lélis.
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