quarta-feira, abril 11, 2012

CAIXA OFERECE CRÉDITO ESPECIAL PARA REFORMA DA CASA

Realizar melhorias na casa pode ser muito mais fácil do que se pensa. Consumidores podem encontrar financiamentos com juros mais baixos e iniciar sonhada 'repaginada' no lar

Reformar a casa é um dos maiores desejos da maioria dos proprietários. Mas mudar seu imóvel requer tempo e principalmente dinheiro. Financiamentos para compra da casa própria são muito fáceis de encontrar e bastante divulgados. No entanto, crédito para realizar a reforma da casa também existe e possui taxa de juros inferior a outras modalidades como cheque especial, mas são muito pouco divulgados.

Porém, antes de começar a colocar a mão na massa é preciso se planejar antes. Segundo o presidente do Instituto DSOP de educação financeira, Reinaldo Domingos, o primeiro passo é avaliar se a reforma é realmente necessária ou é possível esperar e evitar entrar em um financiamento.

Atualmente, os principais bancos brasileiros oferecem linha de crédito para reformas com juros entre 25% e 45% ao ano. Segundo Domingos, os juros para financiamento de reformas são baixos, mas, para ele, a melhor opção ainda é guardar dinheiro e fazer a reforma com recursos próprios.

“Se a família vai crescer com a chegada de uma nova criança, se há problemas com infiltrações ou mesmo possíveis inundações causadas por chuva a reforma é urgente e deve ser feita. No entanto, se for, por exemplo, uma pintura, espere e faça uma poupança forçada”, aconselha.

Financiamento – Para facilitar o acesso das pessoas ao financiamento para reformar a casa, o Conselho Curador do FGTS aprovou no início de janeiro o Financiamento de Material de Construção (Fimac). Esta nova linha de crédito permite que o trabalhador utilize o FGTS para financiar a reforma do imóvel próprio. Segundo o integrante do Conselho do FGTS e presidente da Anamaco, Cláudio Elias Conz, o principal atrativo desta nova linha são os juros abaixo dos praticados nos financiamentos disponíveis no mercado atualmente.

“O grande trunfo que temos é que a taxa de juros do Fimac é de apenas 12% ao ano, quase um terço do que é cobrado no mercado hoje”, destaca.
No entanto, até o momento apenas a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil sinalizaram positivamente em relação à disponibilidade da nova linha de financiamento. Os dois bancos ainda devem lançar o produto em breve. Cláudio Elias Conz disse que a expectativa é que a Caixa comece a atuar ainda neste mês. Os bancos privados ainda não sabem se vão aderir ao Fimac.

“A taxa de juros mais baixa será a maior resistência que vamos sofrer por parte dos bancos para o Fimac”, admitiu Conz.

Regras - O Fimac oferecerá empréstimo de até R$ 20 mil, com juros de 12% ao ano para o consumidor e prazo de amortização de até 120 meses. Além da reforma, o dinheiro poderá ser usado para instalar hidrômetros e sistemas de aquecimento solar. Para conseguir a liberação do dinheiro, o imóvel não pode ter valor de mercado superior a R$ 500 mil. Quem pegar mais de R$ 10 mil será obrigado a comprovar que os pedreiros da obra têm carteira assinada e direito a todos os benefícios previdenciários.

“É obrigatório que os profissionais estejam recolhendo para o INSS. Acidentes podem acontecer durante uma obra e é preciso que os trabalhadores tenham essa segurança em caso de imprevisto”, argumenta Conz.

Dicas - O educador financeiro Reinaldo Domingos explica que, para realizar uma reforma sem levar sustos é preciso definir exatamente o que será feito. A palavra-chave, segundo o especialista, é planejamento. Para ele, o consumidor deve se cercar de profissionais.
“A pessoa deve buscar pelo menos três orçamentos de pessoas de confiança. É preciso fazer um projeto, mesmo que seja rascunhado e, se possível, contratar um arquiteto. Pois é ele quem dará as melhores indicações e pensará em todos os aspectos desde o planejamento até a execução da obra”, opina.

Um dos pontos principais, para Reinaldo Domingos, é que a pessoa pense nos imprevistos. Por isso ele aconselha que o consumidor tenha guardada uma quantia além do orçamento previsto. Segundo ele, é muito difícil que uma obra termine no prazo ou dentro do orçamento inicial.

“A reforma é um dos vilões do endividamento da família brasileira. Ninguém pensa nos reflexos de uma obra como gastos extras para se livrar do entulho ou problemas que surgem durante a obra, como a necessidade de quebrar mais uma parede ou a troca das instalações elétrica e hidráulica. É essencial que pessoa tenha entre 50% ou 100% de dinheiro a mais do que pretende gastar”, conclui.

Muitas pessoas pensam em fazer uma reforma no imóvel com forma de valorizar o ativo. No entanto, este é um pensamento equivocado, segundo o educador financeiro. Ele diz que uma reforma serve apenas para melhorar as condições de vida do próprio morador. “Se a pessoa pensa que vai valorizar um imóvel fazendo reforma, está completamente enganada. Reforma é coisa pessoal. Não vai ter valor agregado algum”, garante Domingos.

Financiamento pelo FGTS

Para que serve - Reformar a casa ou comprar hidrômetros e placas de aquecimento solar

Limite de crédito - O consumidor poderá pegar até R$ 20 mil pelo FGTS

Prazo de pagamento - Até 120 meses (10 anos)

Juros - 12% ano (o mercado hoje aplica taxas entre 25% a 45%)

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